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KLEYSER RIBEIRO
( Santa Catarina – Brasil )
Reside em Laguna/SC.
Professor Assistente do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) desde 2012. Atuou como coordenador de programas e projetos de extensão na universidade, sendo ex-coordenador do curso de capacitação de trabalhadores para a construção civil, destinado à formação prática na leitura e interpretação de projetos de edificações para profissionais atuantes na área.
Autor de artigos nas áreas de análise e projeto de estruturas de concreto armado, mercado imobiliário e extensão universitária, com publicações e apresentações de trabalhos em congressos nacionais.. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Mestre e Doutorando em Engenharia Civil, na área de concentração em Estruturas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC.
Foi professor substituto do Departamento de Engenharia Civil da UFSC entre 2010 e 2011.
Escritor e poeta amador. Possui poesias publicadas em blog e livros.
Informações coletadas do Lattes em 23/06/2020 - ESCAVADOR
ANTOLOGIA POÉTICA. Sarau Brasil 2016. Concurso Nacional de Novos Poetas. Organização e apresentação Isaac Almeida Ramos. Cabedelo, Paraíba: VIVARA Editora Nacional, 2016. (Série Novos
Poetas no. 19. 446 p. ISBN 978-85-920158-2-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
A bela arte e a música
a bela arte está nos olhos
ela não está no quadro
quem seria Van Gogh?
quem seria Picasso?
se não fossem os olhos de quem vê
nada seria visto como realmente é
a música não está somente no refrão
pode ter somente uma estrofe
ou talvez não haja nenhuma estrofe
talvez nem haja refrão
pois há música sem rima
há música sem letra
e há música que seria bem melhor sem letra
mas mesmo assim é música
a diferença dos olhos e dos ouvidos
às vezes é bastante discrepante
mas a bela arte às vezes se confunde com a música
embora, às vezes, elas também andam na contramão
porque a bela arte ainda é eterna
mas a música nem sempre sobrevive uma temporada
e se o cantor não pinta nada
e se perde a voz, ele também perde a graça
mas ainda que se percam os pincéis
e que os pintores percam as próprias mãos
os quadros serão eternos
até serem consumidos pela traça
enquanto a música possui uma vida bem menor
a menos que seja Beethoven
ou talvez se fosse Tom Jobim
pra não falar de Elvis e nem de Raul
nem tampouco de Sinatra
porque a música sobrevive somente até perder a graça
ou perder os ouvidos que lhe ouvem
mas a arte no quadro é eterna
pois se não se acabar materialmente a imagem
ela estará para sempre gravada no quadro
ainda que não haja ninguém para admirá-la
enquanto a música para de tocar
e se não tiver ninguém para iniciar outra vez a música privada
ela nunca mais será tocada
*
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Página publicada em janeiro de 2022
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